Não fomos ver as 50 sombras de Grey.
Não fomos jantar a um restaurante XPTO.
Não trocamos peluches foleiros.
Não fomos dormir a um hotel.
Não gosto da data. Da celebração. Do consumismo desenfreado que há nesse dia. Gosto dele todos os dias, e não naquele em específico. E esforço-me por sempre que estou com ele seja especial, e não especificamente por ser dia dos namorados.
Passamos a noite anterior (de 13-14) juntos. Foi bom. Como têm sido todas as nossas últimas noites juntos. Tive ao longo dos últimos tempos fortes alterações na minha vida profissional, que nos têm condicionado as nossas estadas juntos. Mas, por outro lado, estamos juntos com muito mais qualidade que antigamente. É caso para dizer, menos, mas melhor. Há menos tempos para as nossas diferenças. Sendo ele cada vez menos, temos de nos concentrar no que nos junta e não no que nos pode separar. Isto para dizer que a nossa relação, como todas, tem altos e baixos. E ao longo dos anos fui descobrindo,e ainda hoje vou descobrindo, o homem que tenho ao meu lado. Que é sem dúvida uma das pessoas mais estranhas com quem me cruzei. E que porque ser tão diferente, mas tão parecido comigo, ainda me faz sentir de vez em quando borboletas. Abrir as fotos do telemóvel e ficar a olhar para a foto dele. Ter vontade de por uma moldura com uma foto dele na minha mesinha de cabeceira. Fazer-me ansiar por aquele abraço. De sentir a sua respiração no meu pescoço. De fazer conchinha e ficar assim tempos perdidos. Em silêncio.