Poderia dizer muita
coisa. Poderia não dizer nada. De uma forma geral, posso simplesmente dizer que
gostei. A escrita é na primeira pessoa, algo que me agrada. Por norma, sinto um
maior envolvimento com o livro que estou a ler quando isso acontece. Foi também
o livro da “minha primeira vez com um ebook”. Não fiquei grande fã, admito.
Para este género de pequenos contos, acho que não me importo. Seria incapaz de
ler os “Jogos da Fome”, por exemplo, neste formato.
Contudo, vou debruçar-me
sobre o conto que mais gostei. Foi “A morta”. Transmite uma mensagem, ainda que
triste, muito importante para mim: temos de dar o devido valor às pessoas
enquanto estão vivas. Com efeito, encontramos ali uma “tia-avó” morta que tem
toda a família reunida à sua volta. Mas está morta. Quantas vezes conseguiu
reunir toda aquela gente enquanto viva? Não teria sido mais feliz e alegre se
isso tivesse acontecido enquanto era viva, ainda que todos “faltassem” ao seu
funeral? Não teria dado mais valor? Não existiria mais felicidade?
Mais uma vez, dou os
meus parabéns à Margarida. Desta feita, com a consciência do que é o seu livro,
porque já o li. E fico à espera da sequela. :D
Nunca li um livro no formato 'ebook'. Bem, é o futuro. Temos de nos habituar. Acredito que, com uma implantação eficaz, as gerações do futuro olharão para os livros como algo ultrapassado. Se assim se vier a verificar, eu lamento. Um livro é um livro. Mas os 'vídeos' de VHS deram lugar aos leitores de DVD, os discos de vinil aos CDS, os computadores fixos aos portáteis e estes, por suas vez, aos tablets. Tudo muda. Pobres livrinhos...
ResponderEliminarA Margarida leva muito jeito. Ela tem talento.
*sua
EliminarMark, acredito que será mais difícil acabar com o livro físico do que com todas as outras coisas que mencionaste. Lembra-te que os jornais têm o fim anunciado desde que surgiu a rádio, e depois a televisão, e agora a internet. Mas continuam aí.
EliminarPenso que com os livros poderá ser igual :)
Bom argumento.
EliminarJá viste o que é eu que adoro ler na praia (como muita gente gosta), e levar o tablet, que com o sol a brilhar no máximo não me deixa ver nada no ecrã?
Eliminarnão te esqueças que é a perspectiva de uma criança de 4 anos. por norma, nas aldeias, quando é que se reúne a família que está longe? nos casamentos e nos funerais. pelo menos, na minha era assim, lá na Beira Alta.
ResponderEliminarclaro que devemos dar valor aos vivos, e de certa forma, é o que a miúda transmite no fim do conto. ela queria que ela não estivesse morta, fria e sozinha na casa ao lado, mas junto à sua família.
e mais uma vez baseei-me na tia-avó Adozinda. foi a primeira morta que me lembro de ver no caixão, o velório em casa, como se faz nas aldeias. seria talvez um pouco mais velha que a miúda da história.
Tens razão Margarida. É mesmo a única vez em que se reúnem todos os familiares. Mais até nos funerais, porque nos casamentos se está dependente de convite. Por isso nos funerais de família há sempre um misto de tristeza (pelo que partiu) com alegria (pelos familiares que não se vê há anos).
EliminarTalvez me tenha tocado este conto de uma forma especial, porque já me partiu uma pessoa com quem gostava de ter conversado sobre determinadas coisas e com quem gostava de poder ter vivido mais. Arrependo-me muito. Mas a vida é assim. E posso dizer que aprendi... Hoje tento dar o valor aos que tenho, apesar de ver muitas vezes as pessoas mais velhas da minha família a definharem, quer física quer psicologicamente.
e não cheguei a agradecer-te pela crítica e informo-te, já agora, que vim pelo g2reader :) já me apareceste lá.
Eliminaryou're welcome ;)
EliminarVou ver. Sabes que a minha adesão a novas tecnologias é muito demorada. (vê o tempo que demorei em criar um blog... LOL)
a ler muito em breve...
ResponderEliminarÉ uma boa leitura, meia noite:-)
EliminarEstou com o 00.15
ResponderEliminarCurioso e a ler em breve :)
Força Francisco :)
EliminarTenho que ler, tenho que ler!
ResponderEliminarTenho, quero e posso ;)
EliminarÉ um livro que tenho na lista. Só preciso é de menos trabalho.
ResponderEliminarPois... Como te compreendo. Quando acabei a tese, meti "férias" de livros mais técnicos. Agora só leio se forem livros de amigos/conhecidos. Fora isso, só literatura ficcional.
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